A Escola do Poder Judiciário (ESJUD) promoveu nesta sexta-feira (23), o Workshop em Técnicas de Conciliação e Mediação. A atividade, que integra a capacitação básica de Mediação Judicial, foi ministrada pela juíza de Direito titular do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco, Mirla Regina da Silva.
A magistrada relembrou quando iniciou a trabalhar nos Juizados Especiais. “Quando em vim do interior para Rio Branco, comecei a trabalhar nos Juizados Especiais. O nosso pão de cada dia de Juizado é a conciliação. E, nesses 10 anos que eu trabalhei com os Juizados e também na Justiça Comunitária, atendendo no ônibus fazendo tanto conciliação e instrução, a conciliação se mostrou o caminho a ser seguido. Com o passar dos anos a conciliação assumiu mais importância”, disse.
O Workshop foi destinado, principalmente, aos alunos que participaram da capacitação básica de Mediação Judicial, porém, novas pessoas se fizeram presente para aprimorar o conhecimento no assunto.
O Novo Código do Processo Civil, no artigo 334, incluiu a conciliação não só nos processos de Juizados Especiais. Agora todos os processos devem obrigatoriamente passar pela etapa conciliação, porque, segundo explicou a magistrada, a conciliação passou a assumir relevância como política pública do Poder Judiciário, depois de o Poder Judiciário alcançar 100 milhões de processos.
“Se lembrarmos que nós somos 200 milhões de habitantes no Brasil e temos 100 milhões de processo, isso significa o que? Isso demonstra que para cada dois habitantes existe um processo na Justiça”, ressaltou.
No encontro foram realizadas atividades práticas de conciliação e mediação. “A importância da conciliação alcançou um patamar tal que hoje, o conciliador, para atuar no Poder Judiciário, tem que ter alguns requisitos, ele têm que ser certificados por um curso de 100 horas. Não é mais a conciliação intuitiva, sentando com as partes e falando o que vem a cabeça. A conciliação não é intuitiva, ela é técnica, tem um passo-a-passo para ser seguido”, salientou.