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Curso voltado à liderança e gestão estratégica contribui para otimizar a solução dos problemas que emergem no cotidiano do Judiciário.
Os números revelam que a I Jornada de Estudos 2019 foi sucesso de público, com o índice de 93% de comparecimento, 33 magistrados e 31 servidores de um total de 69 inscritos.
Mais do que o aspecto estatístico, porém, o que mais chama a atenção é a qualidade do evento oferecido pela Escola do Poder Judiciário (Esjud).
Com o tema “Gestão Estratégica e Formação de Lideranças”, a atividade descortina um novo patamar de atuação nos profissionais da Justiça, a partir da perspectiva multidisciplinar.
Opinião de quem fez
Decana da Corte de Justiça Acreana, a desembargadora Eva Evangelista possui 35 anos como membro de 2º Grau da Justiça Estadual e quase 45 anos como magistrada. Sempre esteve em sintonia com a modernidade. No projeto de informatização do Tribunal na década de 90 e na virtualização de processos (bem recente), por exemplo, ela estava na linha de frente. Não menos importante, integra a maior parte dos cursos de capacitação e atualização da Escola, como este realizado nos dias 9 e 10 de maio.
“O Curso sobre Liderança oferecido pela Esjud proporcionou conhecimento e aprendizado de habilidades atinentes à transformação de potenciais em resultados para a organização. A atividade de ensino contribuiu sobremaneira para a ressignificação pessoal, alcançada por meio da reflexão, e ao aprimoramento técnico –profissional, quanto à integração de grupos e equipes; bem como à superação de desafios para o cumprimento da atividade fim do Judiciário, que é a prestação jurisdicional. Além disso, aprendeu-se sobre a melhor gestão de pessoas, a resolução de conflitos interpessoais e institucionais e a aplicação de propostas de eficiência e efetividade no ambiente organizacional”, afirmou.
Titular do 2º Juizado Especial Criminal da Comarca de Rio Branco, o juiz de Direito Gilberto Matos elogiou a ação educativa e apontou as lições aprendidas.
“Muito relevante porque aprendi a desenvolver uma percepção interna e externa ao mesmo tempo. De um lado, é como olhar diante de um espelho e perguntar quem somos e como estamos, o que temos feito, como podemos ser pessoas melhores. Por outro lado, como temos lidado com os outros a nossa volta e quais as mudanças de hábitos podem favorecer os relacionamentos e elevar a produtividade do nosso trabalho”, comentou.
A ideia do curso com matriz multidisciplinar é utilizar o conhecimento das diversas áreas do saber para otimizar a solução dos problemas que emergem no cotidiano do Judiciário.
“Essa I Jornada foi de suma importância tanto na minha vida profissional quanto na familiar, pois, além de ser servidora também sou mãe e toda mãe precisa ser líder e gerente no trato com os filhos. Num mundo altamente tecnológico e virtual, o qual é tendencioso o distanciamento das pessoas, seja no convívio familiar, de trabalho ou amizades, investir em cursos com esse modelo é um dos caminhos para o sucesso das unidades judiciárias, com o aperfeiçoamento dos profissionais e a sustentabilidade dos serviços prestados à sociedade”, destacou Aderlany Menezes, diretora de Secretaria da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco.
A servidora parabenizou a equipe responsável pela iniciativa que, segundo ela, proporcionou “a nós diretores de secretaria essa oportunidade de ter participado de tão relevante curso, o qual foi enriquecido ainda mais com as aulas e experiências das professora Rosângela de Carvalho.
Avaliação
Diretor da Esjud, o desembargador Roberto Barros enalteceu os resultados obtidos, os quais demonstram a aceitação favorável da proposta de formação continuada. “Pudemos congregar praticamente a mesma quantidade de magistrados e servidores, trazer duas professoras que têm grande expertise sobre o assunto e, transcendendo os muros da jurisdição, preparar bem o nosso corpo funcional para a área de gestão administrativa, o que é fundamental para o êxito de toda instituição. Toda a equipe da Escola está de parabéns”, disse.
Coordenadora científica da I Jornada de Estudos, a juíza de Direito Zenice Mota assinalou as impressões que teve da seção de ensino. “Senti que havia de fato uma real necessidade da formação. Conversando tanto com os colegas juízes, quanto com os diretores de secretaria, obtive um retorno positivo. Alguns magistrados já pensando em por em prática o que aprenderam, outros identificando o que faziam de errado. Os diretores com os quais conversei também acharam muito proveitoso. Por isso mesmo, é preciso dar ainda mais atenção e fortalecer essa área”, explicou.
