É preciso respeitar o ser humano pelo que ele é, pela sua própria condição de existência, não importando raça, cor ou orientação sexual”.
“Precisamos cultivar o diálogo, a persuasão e o respeito”. A afirmativa do juiz de Direito Samer Agi aponta o caminho para enfrentar a cultura do preconceito, um dos maiores obstáculos contemporâneos à harmonia da humanidade.
Não por acaso, o webinário promovido pela Escola do Poder Judiciário (Esjud) nessa quarta-feira (7) foi justamente “Preconceito e direitos humanos: o conflito”. Mais de 200 pessoas conectadas em tempo real para conhecer, aprender e refletir acerca da temática.
Magistrado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o professor estabeleceu um liame entre a literatura e a vida prática a partir da interpretação da clássica obra “Orgulho e Preconceito”, da inglesa Jane Austen.
O webinário teve as presenças dos desembargadores Eva Evangelista (decana da Corte de Justiça Acreana), do desembargador Pedro Ranzi (presidente da Câmara Criminal) e da desembargadora Regina Ferrari (diretora da Esjud). Presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), a juíza de Direito Maria Rosinete também compareceu ao evento, bem como juízes da Capital e do interior do Estado, servidores e acadêmicos de diversas instituições de ensino superior.
As manifestações
“Precisamos lançar mão de uma postura ética, centrada na alteridade, onde as pessoas sejam não apenas nossos semelhantes, mas o reflexo das nossas próprias ações. Afinal, a ética nasce a partir do momento que o homem toma consciência do seu ser em relação ao outro”, ressaltou a desembargadora Regina Ferrari.
A magistrada também fez menção ao líder africano Nelson Mandela, segundo o qual “se as pessoas podem aprender a odiar, também podem ser ensinadas a amar”.
Para a desembargadora Eva Evangelista, a atividade foi “permeada dos melhores ensinamentos e de humanidade”.
O desembargador Pedro Ranzi ponderou que o ato de julgar é complexo, pois uma decisão pode afetar para sempre o destino de uma pessoa, o que exige sabedoria e sensibilidade por parte do julgador”.
Samer Agi citou o filósofo Sarte, para quem “não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”. Nesse sentido, explicou que todos precisam estar abertos e não fechados para reformas.
Segundo o magistrado, uma das maiores problemáticas do preconceito é que emana muitas vezes de quem tem poder ou riqueza, o que dificulta coibir a sua prática.
O profissional frisou que é necessário “respeitar o ser humano pelo que ele é, pela sua própria condição de existência, não importando raça, cor ou orientação sexual.
Quer assistir ao webinário na íntegra? Acesse o Portal da Esjud no YouTube: https://youtu.be/A9-knJpiz64.