Evento teve a participação do professor José Geraldo de Sousa Júnior e debateu temas relevantes, como o pluralismo jurídico.
Tema relevante no universo acadêmico e na comunidade, “O Direito Achado na Rua. Concepção e Prática” foi abordado nessa segunda-feira (13) em um webinário da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud).
A atividade reuniu magistradas(os), servidoras(es) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), comunidade jurídica e acadêmicos de diversas instituições de ensino superior.
Transmitido por meio da Plataforma Google Meet, o evento teve a participação do desembargador Júnior Alberto, diretor da Esjud em exercício.
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“Alinhada à missão do Judiciário do Acre, que é garantir justiça para a paz social. Não menos importante, está inserida no mapa estratégico, dentro do macrodesafio ‘sociedade’, que prevê a garantia plena dos direitos dos jurisdicionados”, disse o magistrado sobre a iniciativa.
Ainda de acordo com o desembargador, “é preciso “reconhecer essas vozes, muitas vezes silenciadas pelas instituições, pessoas transformadas em subcidadãos”.
O mediador do debate foi o juiz de Direito Anastácio Menezes, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Rio Branco. Ele elogiou o facilitador do webinário, de quem já foi aluno e é admirador. Ao fazer a apresentação do currículo, ressaltou sua contribuição para a construção do pensamento crítico nacional.
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A palestra
Doutor e professor titular aposentado da Universidade de Brasília (UNB), José Geraldo de Sousa Júnior conduziu a palestra. Em princípio, fez um apanhado histórico do conceito “O Direito Achado na Rua”, concebido na década de 80 pelo antropólogo Roberto Lyra Filho, fundador da Nova Escola Jurídica Brasileira (NAIR).
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Em seguida, salientou que é necessária uma permanente construção do saber acerca da temática, pois a sociedade é dinâmica e passa por profundas transformações políticas, socioeconômicas e culturais. Nesse sentido, segundo ele, “o acumulado teórico e os pressupostos universais devem fincar os pés na realidade”. Citou Paulo Freire, para quem “a cabeça pensa a partir do chão que a gente pisa”.
Também recorreu ao professor português Boaventura de Sousa Santos, na perspectiva do pluralismo jurídico de Pasárgada. Nesse caso, uma das ideias centrais do pensador lusitano é que “no estado de direito da sociedade capitalista, o estado não é só de direito e o direito não é só do estado”.
Quer assistir à palestra na íntegra? Acesse o canal da Esjud no YouTube (https://www.youtube.com/c/EscoladoPoderJudici%C3%A1rioESJUD).