Ação englobará 12 escolas e a previsão é de que sejam alcançadas mais de 1.100 estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental.
“Plantaremos a partir de hoje as sementes que, cultivadas com o esforço de todos nós, germinarão com adultos conscientes do seu papel, da sua responsabilidade consigo, com as suas escolhas e com as outras pessoas”. Com essas palavras, a desembargadora Regina Ferrari, diretora da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), procedeu com a abertura oficial do Projeto Cidadania e Justiça na Escola (Edição 2022).
Também à frente da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), a magistrada explicou que nas próximas semanas as crianças passarão a ter conhecimento sobre direitos, deveres, estrutura e atribuições do Poder Judiciário Acreano e de outras instituições. “Mais do que isso, porém, aprenderão princípios e valores indispensáveis, como o amor ao próximo, a empatia e a solidariedade, de modo que despertem desde cedo para promover o bem de toda a sociedade”.
O evento de lançamento ocorreu na Escola Municipal Ismael Gomes de Carvalho, localizada no bairro Tancredo Neves, com as presenças da desembargadora Waldirene Cordeiro, presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC); dos juízes de Direito Maria Rosinete, presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Andréa Brito, auxiliar da Presidência do Tribunal e Lois Arruda, auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça; do professor e diretor da instituição de ensino (Ismael Gomes), Elismar Pereira; além de representantes das Secretarias de Educação do Estado e do Município, professoras(es), servidoras(es) da Justiça Estadual, etc. O projeto tem outros parceiros, com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Ministério Público Estadual.
“Todos nós adultos ou crianças temos deveres e direitos. Deveres de agradecer pela nossa existência, respeitar nossos pais, respeitar nossos professores, respeitar nossos colegas, respeitar os símbolos da nossa nação e do nosso Estado, a bandeira, o hino, as forças que nos ajudam, e os direitos de ter saúde, de estudar, de brincar, tudo no momento adequado. Isso que todos nós que estamos aqui gostaríamos que vocês entendessem e passassem para frente”, ressaltou a presidente do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro.
A primeira aula foi conduzida pela juíza Maria Rosinete (no período da manhã). À tarde, na mesma escola, foi a vez da desembargadora Regina Ferrari. Ao final das duas palestras todas as pessoas presentes cantaram uma música com uma mensagem de pacificação social, “A Paz”, entoada pelo grupo “Roupa Nova”, cujo trecho diz:
“Deve haver um lugar dentro do seu coração
Onde a paz brilhe mais que uma lembrança
Sem a luz que ela traz, já nem se consegue mais
Encontrar o caminho da esperança
Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens
Se fazendo irmão e estendendo a mão (…).”
Elismar Pereira considerou um privilégio receber “um projeto tão importante que representa esperança para nossas crianças, depois de um momento difícil conturbado, a pandemia”. “Importante que as nossas crianças cresçam, conhecendo seus deveres, seus direitos, fazendo justiça”, completou.
O alcance do projeto
O Cidadania e Justiça na Escola foi concebido pela AMB e trazido ao Acre na gestão do desembargador Adair Longuini, no ano de 2012. Tem como público-alvo crianças matriculadas no 5ª ano do Ensino Fundamental de escolas públicas municipais e estaduais.
Neste ano de 2022 são englobadas 12 escolas e a previsão é de que sejam alcançados mais de 1.100 estudantes. As atividades acontecerão nas escolas Ismael Gomes, Luiz de Carvalho Fontinele, Francisco Bacurau, Zuleide Pereira, Iracema Gomes, Governador José Augusto, Chico Mendes, Professora Cristina Maia, Professor Almada Brito, Pimentel Gomes, Ilson Ribeiro e Mauricília Santana.
As etapas
Neste primeiro momento, os estudantes recebem cartilhas didáticas sobre a Justiça e questões que envolvem os direitos e os deveres dos cidadãos. Além das aulas/palestras conduzidas por magistradas(os), promotoras(es) e membros das instituições parceiras, haverá visitas a unidades da Justiça, incluindo a Sede do Tribunal, para que vivenciam na prática a experiência de estar no local onde ocorrem as audiências e demais atividades do Poder Judiciário.
O projeto será encerrado, provavelmente em novembro deste ano, com uma produção cultural das(os) alunas(os). Serão elaboradas redações sobre os temas trabalhados, e os primeiros colocados serão premiados.