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Curso de Formação Inicial de Magistrados(as): Esjud traz à reflexão temas como liderança, relações interpessoais e administração da atividade judiciária

Atividade de 28 horas-aula é conduzida professora Ana Cristina, juíza federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

“Gestão humanizada e produtiva”. Esses são os dois pilares descortinados pela juíza federal Ana Cristina nas disciplinas “Liderança, relações interpessoais e interinstitucionais” e “Administração da atividade judiciária (gestão de pessoas)”. Com 28 horas-aula, a atividade integra o Curso de Formação Inicial para Magistrados(as).

Os novos integrantes da Justiça Estadual serão capacitados até a quinta-feira (12) por meio da agenda, que concorre para o aprimoramento profissional e cumprimento da Resolução nº 2/2016 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), com ênfase à formação humanística, interdisciplinar e à prática da atividade judicial.

Diretora da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), a desembargadora Regina Ferrari fez questão de prestigiar a abertura da ação educacional. “Gostaria de dar as boas-vindas aos nossos queridos juízes e juízas e, em especial, a nossa professora Ana Cristina, parceira de sempre. Precisamos nos valer de todo o conhecimento e ferramentas possíveis, para obter os melhores resultados na prestação da jurisdição e dos demais serviços que oferecemos à sociedade. E isso passa necessariamente por constante capacitação e aperfeiçoamento, principalmente nessa área”, disse.

A magistrada também lamentou o “cenário caótico que vive o Brasil nestes dias, com falta de civilidade, desrespeito às instituições, ataques à democracia”. E citou o escritor Guimarães Rosa, para quem “a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

A aula

Ana Cristina estabeleceu um nexo entre a Psicologia e a Administração. Defendeu que um “Judiciário forte é feito com juízes(as) e servidores(as) de mãos dadas, atuando com responsabilidade, gestão colaborativa e união de esforços”.

A magistrada ressaltou que o contrário de esforço é a estratégia, ou seja, é possível vencer desafios sem se sobrecarregar, com o uso de estratégias já testadas, as quais são ensinadas durante as aulas.

Juíza federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a facilitadora assinalou que ser proativo é enxergar o que acontece a sua volta, assumindo uma postura assertiva, resolutiva e de antecipação de problemas e não reativa, depois que “o estrago já está feito” ou “a situação se agravou”.

Juiz de Direito substituto, Eder Viegas destacou a relevância da ação formativa. “De maneira dinâmica, estamos aprendendo sobre diversos assuntos, como ter empatia, importar-se com as pessoas, inclusive com os servidores(as), com a nossa equipe de trabalho. Às vezes, um serviço não está saindo como deveria simplesmente porque aquela pessoa não está bem. Temos de ter essa sensibilidade e ajudá-la. Outra coisa importante, não podemos apenas demandar, sermos chefes, mas sim líderes, e o líder cobra, mas ensina, ouve e caminha junto, inspira e faz, conduz e motiva”, explicou.

A juíza federal também elencou quatro razões por meio das quais as pessoas podem ser mais produtivas em seus espaços de atuação: identificar as áreas que precisam de mudanças, priorizar tarefas, construir habilidades pessoais e saber lidar com as emoções. As atividades continuam com mais três dias de aula.

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