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Escola do Poder Judiciário do Acre promove curso “Tomada de Decisão e Tecnologia”

Atividade continua até o dia 28 deste mês, com o objetivo de compreender novas descobertas e propostas na neurociência, a exemplo da inteligência artificial.

Fornecer uma compreensão das descobertas e propostas das neurociências, a exemplo da interface cérebro-máquina e da inteligência artificial. Com esse objetivo, a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) promove neste mês o curso “Tomada de Decisão e Tecnologia”. A agenda foi iniciada nessa segunda-feira (10), e seguirá até o dia 28 de junho.

A atividade é realizada sempre na modalidade EaD, com carga-horária de 40 horas-aula. É disponibilizada no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola. São 40 vagas destinadas a magistrados(as) e assistentes/assessores(as) de Gabinete da Justiça Estadual. O curso é credenciado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Importância da ação

A ação educacional permitirá uma visão mais profunda dos desafios e oportunidades apresentados pelo neurodireito, incluindo questões como o direito ao livre-arbítrio, o direito à privacidade mental e a proteção contra vieses algorítmicos. A compreensão do funcionamento do cérebro humano, de suas peculiaridades e dos efeitos delas na tomada de decisão são essenciais para quem tem por profissão “dizer o direito”. São primordiais para quem decide questões às vezes tão complexas e que exigem o pensamento analítico.

Abertura das atividades

A primeira atividade foi conduzida pelo juiz de Direito Thiago Aleluia, juiz de Direito do Estado do Piauí, especialista e mestre em Direito Público. Doutor em Direito na UERJ. Membro do Laboratório de Inovação e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS) do TRE-PI, o magistrado analisou a relevância do curso para o Órgão de Ensino. “Exploramos como a IA está transformando o cenário jurídico em três aspectos fundamentais: a automatização de tarefas, análise de casos e predição de decisões, e o combate à corrupção e à fraude. Além das tecnologias emergentes, como as fontes abertas e blockchain, etc. Esse curso não apenas aprimora a compreensão de magistrados(as) sobre essas tecnologias, mas desenvolve habilidades críticas para discernir acerca das informações digitais no ambiente judicial, capacitando para uma decisão mais assertiva em suas funções”, explicou.

Titular da Comarca de Porto Acre, a juíza de Direito Bruna Perazzo considerou que “Tomada de Decisão e Tecnologia” é uma atividade de “grande valia e funcionalidade para o exercício da judicatura, pois apresenta inúmeros instrumentos aptos a verificar a autenticidade, integridade e validade das provas digitais”, avaliou. A magistrada agradeceu à Esjud “por proporcionar esse valioso conhecimento”.

O servidor Juliano Cavalcante, que atua na Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Acre, elogiou a ação educacional. “O curso apresenta conteúdo teórico-prático de excelência para as atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais que atuam no Judiciário. Recomendo demais que todos os servidores possam participar. Parabéns a todos os envolvidos!”, disse.

Formadores

O curso engloba facilitadores dos mais renomados do Brasil, não apenas na área jurídica, mas também em Direitos Humanos, Filosofia, Psicologia, Neurociência, Estudos Interdisciplinares, Automação e Inteligência Artificial, etc.

Para conhecer todos os currículos dos formadores, confira aqui o Edital nº 93/2024.

Juiz de Direito Tiago Gagliano (TJPR);

Juiz de Direito Thiago Aleluia (TJPI);

Rosivaldo Júnior (TJRN);

Jeremias de Melo (TJPB);

Esdras Benchimol (TJRR);

Leo Perazzo (professor da UFPR).

Ementa

Modelos e Teorias da Cognição: dualismo/monismo, fisicalismo, funcionalismo, behaviorismo, naturalismo biológico, eliminativismo, enativismo; Inteligência Artificial, Mente e Cognição: tendências, conflitos e mitos; Mente Estendida e conteúdos previamente endossados: Cognição 4E e Cognição Corporificada; Aplicações e Impactos da Inteligência Artificial no cenário da tomada de decisão; Desafios epistêmicos, jurídicos e éticos na aplicação das teorias da cognição à tomada de decisão. Eras da inteligência artificial. Fundamentos de neurociência. Interface cérebro-máquina. Neurodireito e tomada de decisão. Neurociência x neurodireito. limitações dos modelos de linguagem baseados em IA, como alucinações e imprecisões, propor estratégias para aprimorar a precisão da IA, incluindo verificação com fontes confiáveis e feedback constante e examinar experimentos relacionados que demonstram a aplicação dessas estratégias em casos judiciais. Formulação adequada de prompts para otimizar a comunicação com a IA, etc.

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