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Escola do Poder Judiciário do Acre certifica novas juízas e juízes após Curso de Formação Inicial

Profissionais estão aptos para fortalecer a Justiça de todo Acre, após período de qualificada preparação na Capital.

Mais oito novas juízas e juízes de Direito substitutas(os) foram devidamente preparadas(os) nos últimos meses pela Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud). O Curso de Formação Inicial para Juiz(a) Substituto(a) – ofertado pelo Órgão de Ensino e credenciado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados – , foi encerrado nesta quarta-feira (16).

Após cumprir uma carga horária de 512 horas-aula, com módulos da própria Enfam em Brasília-DF, Local e Prática Supervisionada no Palácio da Justiça e na Esjud, além do Eleitoral, os(as) profissionais estão aprovados para atuar oficialmente no âmbito na Magistratura Acreana.

O evento

O encerramento aconteceu no auditório do Órgão de Ensino, com a presença de autoridades de diversas instituições. O dispositivo de honra teve as presenças dos desembargadores Laudivon Nogueira e Nonato Maia, presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e corregedor-geral da Justiça, respectivamente; do vice-diretor e do coordenador pedagógico da Escola, desembargador Júnior Alberto e juiz de Direito Cloves Ferreira, nessa ordem; da juíza de Direito Luana Campos, diretora de Comunicação Social da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac); da procuradora-geral adjunta para assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia; da coordenadora da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdpac), Juliana Caobianco e do presidente da OAB-Seccional Acre, Rodrigo Aiache.

Os desembargadores Samoel Evangelista, Francisco Djalma, Waldirene Cordeiro e Lois Arruda também prestigiaram o evento, que ainda teve as presenças de magistradas, magistrados, servidoras e servidores da Instituição.

Atos iniciais

O primeiro ato da programação foi uma mensagem do desembargador Luís Camolez, gravada especialmente para o evento, em virtude de viagem. O diretor da Esjud considerou ser este “um dia de festa”, almejou êxito na trajetória dos(as) novos(as) juízas e juízes e deixou para reflexão um versículo bíblico (Josué 1:7), sobre a necessidade de firmeza, coragem e zelo no cumprimento da função.

A pastora Noêmia (Igreja Batista do Bosque), que asseverou “todas as pessoas estão sujeitas às autoridades superiores, por Deus constituídas”, orou pelos(as) formandos(as).

Em seguida, houve a execução do Hino Nacional por integrantes da Banda de Música da Polícia Militar, sob inspiração do major Sandoval com saxofone.

Representante da turma e certificação

A juíza de Direito substituta Gabriela Elleres falou em nome dos demais colegas de turma. Em princípio, revelou qual seria a palavra de ordem para a ocasião. “Gratidão, pelo aprendizado, acolhimento e singular experiência e, principalmente, pelo sentimento de pertencimento em nós gerado. E pertencemos com orgulho ao Judiciário Acreano.

A magistrada fez uma série de agradecimentos, especialmente à Esjud, a quem atribuiu “exemplo de dedicação, competência e excelência”, desde o atendimento inicial até a transmissão do conhecimento.

“Compreendemos que a toga não é apenas autoridade, mas responsabilidade. Estamos preparados para uma prática jurisdicional eficiente, acolhedora e humanizada”, concluiu.

Após a fala, procedeu-se com a entrega dos certificados a cada um(a) dos(as) novos(as) membros(as) da Justiça Estadual, pelas mãos dos desembargadores Laudivon Nogueira e Júnior Alberto. Os documentos também foram assinados pelos magistrados de 2º Grau Luís Camolez e Nonato Maia.

Outros pronunciamentos

O juiz de Direito Cloves Ferreira citou canção de Luiz Gonzaga, cujos versos dizem “ah, se eu fosse um peixe, ao contrário do rio nadava contra as águas. E nesse desafio saía lá do mar pro Riacho do navio”. “Saiam do mar da Magistratura, subam os rios Juruá, Purus, Moa, para gerar vida. Em todos os rios, cidades, tribos, aldeias, comunidades existem pessoas ansiosas pela decisão de vocês, pela sabedoria e compreensão para entendê-los em sua simplicidade e limitações”, aconselhou.

Para procuradora Rita de Cássia, o imperativo atual é que as instituições sejam cada vez mais eficazes para garantir um “verdadeiro acesso ao Judiciário para todos “. “Hoje, que é o Dia mundial da Voz, que vocês sejam o eco da verdade, da justiça e da solidariedade aonde forem, onde estiverem”, completou.

“É uma alegria participar deste momento de amadurecimento profissional, atestado pela qualidade da Esjud.  Que vocês tenham esse olhar humanizado para nosso Estado, julgando não apenas na perspectiva de gênero, mas na perspectiva de gente”, desejou Juliana Caobiano, coordenadora da Esdpac.

O advogado Rodrigo Aiache discorreu sobre a história de luta do Acre, mantida até hoje sob espírito de resistência. “Pedaço da alma brasileira que decidiu por si só existir”, frisou, antes de desejar aos(às) juízes/juízas uma atuação marcada pela retidão e compaixão.

Coordenadora Asmac, a juíza de Direito Luana Campos orientou a terem sensibilidade, paciência, serenidade e equilíbrio na conduta e nas decisões”. “Volume é bom, mas qualidade é o mais importante. Boa sorte nessa nova jornada”, ensinou.  

Ao descortinar a geografia desafiadora do Acre, Nonato Maia evocou a sensibilidade como instrumento fundamental para lidar com a realidade de “um povo tão diverso”. “Há obstáculos que não constam nos manuais jurídicos, é preciso ter vocação, coragem e humildade. É necessário escutar, ponderar, ter imparcialidade. A toga é símbolo de dever e não de poder”, declarou. O desembargador expressou que a Corregedoria “dará todo apoio técnico, operacional e, sobretudo, humano aos colegas.

O desembargador Júnior Alberto assinalou que, ao longo tempo, a Escola tem se consolidado no desafio de capacitar, formar e aperfeiçoar magistradas, magistrados, servidoras, servidores, comunidade jurídica e meio acadêmico. “Este é um lugar para compartilhar saberes, mas também de inclusão, de Direitos Humanos”, emendou.

O vice-diretor da Esjud aspirou a todos(as) uma trajetória pautada pela ética, sabedoria e pelo compromisso incessante com a justiça. “Que cada um de vocês, ao final de cada dia, possa ter a certeza de que contribuiu, ainda que um pouco, para um Acre mais justo, mais humano e mais pacífico”, disse.

O desembargador Laudivon Nogueira reiterou que o Tribunal estará em caráter permanente aberto para acolhê-los(as), orientá-los(as) e apoiá-los(as). Ao parabenizar pela conquista, o presidente ansiou que os seus nomes “passem a se associar, a partir de agora, à ideia de Justiça com ‘J’ maiúsculo: firme, serena, prudente e humana”.

Após os pronunciamentos, foram exibidos trechos de um vídeo do primeiro podcast idealizado pela Esjud, no qual o desembargador-diretor Luís Camolez conversa com os(as) novos(as) magistrados(as).

A solenidade foi encerrada com um registro fotográfico oficial e participação das autoridades presentes. Assim, a Esjud alcança o objetivo de proporcionar capacitação técnica, aliada a saberes conectados com a missão institucional, responsabilidade social e o comprometimento com a promoção da Justiça.

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