Formação tem como objetivo capacitar profissionais para conduzir sessões de conciliação e mediação, conforme a Lei nº 13.140/2015 e a Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
A capacitação de profissionais para atuar em conciliações e mediações é essencial para fortalecer a cultura do diálogo e promover soluções pacíficas aos conflitos. Foi nesse contexto que a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), em parceria com o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (Ceajud/CNJ), originou o Curso de Formação de Conciliadores e Mediadores Judiciais.
A formação tem como objetivo capacitar profissionais para conduzir sessões de conciliação e mediação, conforme a Lei nº 13.140/2015 e a Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A atividade é composta por dois módulos. O primeiro é a parte teórica, com 40h/aula e a segunda, o estágio supervisionado, com 60h/aula. A parte teórica, no caso, foi finalizada nesta terça-feira, 28, e para o momento, a unidade educacional promoveu a entrega de certificados aos 38 participantes.


Na ocasião, a formadora da Esjud, Graiciane Bonfim, enfatizou que o curso é voltado para juízes-leigos, conciliadores, mediadores e servidores interessados.
“O curso, que começou em 4 de setembro, oferece uma fase teórica e uma fase de estágio supervisionado, com prazo de um ano para conclusão. O objetivo principal é promover a cultura da paz e a autocomposição, beneficiando a sociedade”, disse.
Uma das participantes, servidora do Juizado de Trânsito, Eunízia Maia, enfatizou que “ao estimular o entendimento entre as partes, a Justiça contribui para reduzir a judicialização, aproximar o cidadão do Judiciário”. Para ela, que trabalha diretamente com a comunidade ao atender ocorrência de trânsito, é fundamental que os servidores estejam bem capacitados para levar a cultura de paz ao público.


O encerramento desta primeira parte contou com a participação do presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargador Laudivon Nogueira, que falou sobre a importância de uma boa apresentação e de habilidades interpessoais, especialmente em contextos como mediação e conciliação. Ele enfatizou também a necessidade de desenvolver técnicas para um bom atendimento, demonstrando respeito e empatia, para garantir que as pessoas se sintam acolhidas e compreendam a situação.
“A prática e a aplicação das técnicas aprendidas são cruciais, comparando o processo a uma autoescola, onde a prática é essencial. O objetivo é alcançar a excelência, beneficiando todos os envolvidos e garantindo um bom ‘atendimento hospitalar’ no contexto jurídico”, enfatizou.


A juíza auxiliar da Presidência, Zenice Mota acrescentou que o mediador e o conciliador são pontes de diálogo dentro da Justiça. “Essa formação exige empenho e sensibilidade, porque lidar com conflitos humanos vai além da técnica — envolve escuta, empatia e compromisso com a paz social. Que cada participante leve essa missão adiante na segunda etapa, com o mesmo entusiasmo e dedicação demonstrados até aqui”, afirmou.
Representando a turma de alunos, a servidora Carla Moreira disse que participar do curso tem sido uma experiência transformadora. “Aprendemos não apenas técnicas de conciliação e mediação, mas também a importância de ouvir e compreender o outro com empatia. Agradeço à Presidência do TJAC e à ESJUD por valorizarem essa temática e investirem na formação de profissionais comprometidos com uma Justiça mais humana e acessível”, finalizou.
