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Escola do Poder Judiciário do Acre comemora 35 anos de conquistas

Órgão de Ensino concorre para a melhoria da prestação jurisdicional e favorece a área administrativa da Instituição.

Ao longo de três décadas e meia, a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) tem se notabilizado por sua contribuição ao aprimoramento da Justiça Estadual. Ao atuar na formação técnica e profissional de magistradas(os), servidoras(es) e comunidade jurídica, o Órgão de Ensino concorre para a melhoria da prestação jurisdicional e favorece a área administrativa da Instituição.

Nesta segunda-feira (23), a Direção da Esjud conduziu a solenidade comemorativa aos 35 anos de sua fundação. Como primeiro ato, realizado pelas desembargadoras Waldirene Cordeiro, governadora do Acre em exercício, e Regina Ferrari, diretora da Escola, foram hasteados os pavilhões nacional e estadual. Ao som do hino nacional brasileiro – executado pela briosa banda da Polícia Militar, sob regência do maestro capitão Ramos -, autoridades, profissionais da Justiça e membros de outras instituições prestigiaram um evento concorrido e bastante prestigiado.

Homenagens

A atmosfera festiva encontrou seu ponto alto em uma série de homenagens prestadas às instituições parceiras, a ex-diretores, desembargadoras(es), servidoras(es), etc, com certificados, buquês de flores e canecas personalizadas.

O Quarteto de Cordas da Universidade Federal do Acre (UFAC) envolveu a todos os presentes com a beleza musical, bem-estar e harmonia, desde Mozart (Pequena Serenata Noturna) a Mourão (de César Guerra-Peixe), além de Ária in Sol (de Johann Sebastian Bach) e outras.

A desembargadora Miracele Borges, fundadora da Esjud (à época Escola da Magistratura-Esmac) foi representada pela servidora Socorro Malveira. Em seguida, a desembargadora Eva Evangelista, primeira diretora do Órgão. Ao receber o buquê e caneca personalizada alusivos aos 35 anos, o desembargador Samoel Evangelista, que também foi diretor, frisou que “quem passa pela Escola, será sempre Escola” e que o setor “é imprescindível para o desenvolvimento humano e organizacional do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). O desembargador Francisco Djalma, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), também ex-diretor, disse que “a Esjud é uma grande referência para todos nós” e elogiou a desembargadora Regina Ferrari. “Quando vejo coisas bonitas assim, sei que elas vêm do seu coração”, afirmou.

Eliana Almeida representou Im Memoriam o desembargador Ciro Facundo, que dirigiu a Escola no Biênio 2001-2003. Emocionada, relatou que um dos maiores orgulhos do pai eram as atividades “voltadas à difusão do conhecimento”.

Isabelle Nunes, filha do desembargador Jersey Pacheco, que reside em outro estado, representou-o e agradeceu “pela consideração e apreço”.

O desembargador Roberto Barros, presidente do TJAC em exercício, afirmou que “educar é uma arte e que, nesse sentido, a Escola tem exercido um papel fantástico”.

Foram também laureados a desembargadora Waldirene Cordeiro, a promotora de Justiça Joana D’arc, representando o Ministério Público Estadual; o presidente da OAB-Seccional Acre, Rodrigo Aiache; a defensora pública Juliana Marques, representante da Defensoria Pública do Estado; a juíza de Direito Maria Rosinete, presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac); o vice-diretor da Esjud, desembargador Júnior Alberto; aos coordenadores pedagógico e científico do Órgão de Ensino, juízes de Direito Zenice Mota e Giordane Dourado; ao presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Acre (Sinspjac), Isaac Ronaltti; os representantes das faculdades Unama e U:Verse, Krisna Santos e Paulo Ricardo, respectivamente.

Os discursos

Governadora do Estado em exercício, a desembargadora Waldirene Cordeiro enalteceu a iniciativa da Direção da Escola, destacando que acompanha sua trajetória muito antes de ascender ao desembargo. Ao elogiar o trabalho no atual Biênio 2021-2023, ressaltou que as ações de ensino “são significativas e tão caras a todos nós”. “É um engrandecimento e expansão do saber, pois conhecimento ´é poder e só a educação pode transformar a sociedade”, finalizou.

A desembargadora Eva Evangelista foi diretora da Esjud nos Biênios 1993-1995, 2003-2005, 2005-2007, 2009-2011 e 2011-2013. Coube à decana da Corte de Justiça Acreana falar em nome de todos os ex-diretores. A magistrada assinalou a relevância do caráter histórico, educacional e jurídico do setor. Trouxe a perspectiva do pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, cujo conceito de modernidade líquida aponta que sociedade atual possui relações econômicas, sociais e de produção fugazes, maleáveis e frágeis, semelhantes a líquidos. Explicou as dificuldades iniciais, que não eram poucas, inclusive a falta de estrutura física e condições materiais adequadas. Apesar disso, houve já na equipe inicial o espírito visionário de quem já enxergava no porvir o exitoso futuro do órgão integrante do Tribunal.

Ainda como parte da programação de aniversário, foi lançada a 3ª Edição da Revista Jurídica da Esjud e uma galeria de frases dos ex-diretores, incluindo esta da desembargadora Eva Evangelista. “As gerações passam, mas a boa semente lançada em terra fértil germinará e produzirá bons frutos.”

Presidente da Asmac, Maria Rosinete asseverou que a Esjud propicia que sejam potencializadas as competências e habilidades na Magistratura Estadual. “Hoje, administrar não pode ser mais na base do improviso, até porque somos cobrados todos os dias por melhores resultados. Assim, a contínua formação não é somente imprescindível, mas sim se revela a maneira mais eficaz de os magistrados e magistradas”.

Ao frisar que a gratidão é uma manifestação de luz, Regina Ferrari fez uma série de agradecimentos, nominando todos os parceiros nacionais e estaduais, os membros do Conselho Consultivo da Escola, os colaboradores internos e externos. Citou Marcel Proust, para quem devemos “ser gratos às pessoas que nos propiciam a felicidade; são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma”.

A desembargadora-diretora também salientou qual é o principal papel da Esjud: “formar pessoas, despertar juízes e servidores para irem além dos números, das estatísticas de julgamentos. Uma vez conscientes de sua responsabilidade, sejam capazes de compreender que o fim da lide processual muitas vezes não encerra a social. Que se importem com o outro, estendendo-lhe a mão amiga da empatia, do acolhimento e da justiça e, assim, propiciem a efetiva garantia de direitos dos cidadãos”.

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